Já relatei em outras oportunidades que o formato “The Companion Chronicles” está longe de ser prioridade a nível do que são as Main Ranges e as linhas Adventures. Mas é claro que existe exceções quando se trata de alguns companions específicos, uma delas é a doce voz da adorável Katy Manning como Jo Grant narrando as histórias. Por mais que The Doll Of Death segue os mesmos moldes e estilo dos arcos da Era Pertwee, seu diferencial está nas intenções e adições características do gênero terror que ainda conta com uma ótima atmosfera de suspense, algo pouco ou talvez nunca visto nas temporadas do 3° Doutor - Já há um tempo a UNIT vinha investigando uma anomalia temporal no centro da cidade de Londres, no meio do processo uma espécie de museu antigo que ao decorrer da trama se torna um hospital de brinquedos chama atenção de Jo e do Doutor, ao entrarem eles conhecem um Professor chamado Harold Saunders que possui em mãos um artefato alienígena (intitulado de Tablet ou Tabua) supostamente responsável por causar “assombrações” fantasmas de bonecas medonhas danificadas, logo também conhecemos a Sra. Killibrew que pretende tomar pose do artefato. O enredo de The Doll Of Death começa muito bem com uma narrativa envolvente um mistério instigante contando com aquela típica tensão geralmente vista em histórias sobrenaturais, mas infelizmente Marc Platt se perde em um determinado ponto de sua escrita gerando uma enorme confusão no ouvinte em seus conceitos apresentados, principalmente nos momentos em que precisa reproduzir as anomalias do “Time Reverse” (Tempo reverso) que ao meu ver, funcionaria bem melhor visualmente do que no formato de áudio. Além disso não fica claro quais são as reais motivações da Sra. Killibrew por querer o “Tablet”, sim, fica nítido que ela possui um envolvimento, mas há aprofundado nenhuma nisso, ela só demonstrar querer o objeto e nada além disso. Eu gosto de como a funciona a dinâmica da equipe da UNIT com o Doutor, Brigadeiro, Yates e Benton, mas eu senti que o Benton estava mais na história para atrapalhar do que ser um fator diferencial na problemática, o cliffhanger da parte 1 serve como grande exemplo ksksks - Katy Manning reproduz muito bem os outros personagens, suas imitações do 3° Doutor e do Brigadeiro me agrada muito, as vezes me tirando risadas. Em resumo, The Doll Of Death tinha tudo para estar na lista áudios notáveis da linha The Companion Chronicles, infelizmente acabou sendo apenas uma história OK que não soube reproduzir bem suas ideias e conceitos se perdendo muito a ponto de gerar confusões desgastantes ao seu ouvinte.

Very slow burn this one not as good as other 3rd audio stories I’ve heard this year but still good