O segundo áudio da trilogia do 7° Doutor viajando com Klein conta com uma aventura situada em um planeta de nome desconhecido, onde vive uma raça de insetos (insectoides) mais a frente nomeados como “Vrills” – Tomamos conhecimento que sua espécie foi praticamente exterminada por um grupo misterioso e aterrorizante chamado de “Winterlack”. Ao descobrir a verdadeira natureza do grupo (não vou revelar, por motivos de Spoilers hehe) Klein se torna uma presença não bem-vinda ao ninho dos Vrills. Enquanto a companion vaga pela floresta se deparando e se envolvendo com os Winterlack - Ainda no ninho, o Doutor procura desesperadamente uma maneira de salvar os Vrills da extinção. Como sempre Jonathan Morris é muito perfeccionista e detalhista com seus conceitos, personagens e mensagens, sua escrita se dedica de forma moderada a entregar toda uma visão geral do planeta, tomamos um conhecimento mais afundo da espécie de insectóides que por curiosidade, se comunica através do cheiro. Além disso é interessante notar como seu enredo foi todo baseado na frase "A sobrevivência do mais forte" nos fazendo refletir sobre a tal e chegarmos à conclusão que são poucos os casos onde a frase acaba por funcionar na pratica, ao pé da letra, mostrando que esse processo seletivo para sobrevivência é muito subjetivo, não garantindo justiça, onde nem sempre os mais fortes são os sobreviventes, mais sim malfeitores, exploradores motivados pela ganancia e pelo poder. Mais uma vez a aventura serve como uma espécie de reabilitação para Klein tentando desintoxica-la de suas ideias nazistas/fascistas, a companion até começa a enxergar algumas coisas diferentes, mas no fim nos convencemos que não há cura, principalmente pelo o que ela faz no fim do áudio se inclinando a se tornar uma vilã perigosa. O que na minha visão seria o mais coerente a fazer, só pensar um pouco: uma companion que já fez parte do partido Nazista na Segunda Guerra Mundial, pegaria muito mal para a BIG FINISH. Eu amei a Lilly acompanhando o 7° Doutor em grande parte do enredo. Hilário imaginar o Time Lord tendo ao seu lado uma espécie de besouro verde gigante, por sinal muito gentil hehe.
Em resumo, eu posso apontar inúmeras outras histórias do Jonathan Morris que possuem enredos bem melhores do que Survival Of The Fittest, mesmo simples ainda é sustentando pelo seu conceito relacionado a sobrevivência e sua criação detalhista.