House Of Blue Fire evoca uma grande sensação e um clima tenso de terror psicológico em um ambiente apropriadamente estranho repleto de personagens interessantes e independentes onde todos tem sua própria personalidade particular sendo interpretados de forma distinta por seus respectivos atores. Aqui vemos 4 personagens hospedados que precisam escapar de um misterioso e enigmático hotel onde são atraídos por numeras armadilhas precisando vencer e superar seus medos e suas fobias - É genial que em cima desse conceito o escritor focou em mostrar as sensações dolorosas e vazias que a resposta fóbica costuma dar em uma pessoa, e o mais interessante, é que Mark Morris não usou medos incomuns ou diferenciados, mas sim comuns e reais, vemos os personagens sofrendo seu próprio inferno agoniados e afundados em seus próprios medos. Se fossemos levar só em consideração sua primeira metade (parte 1 e 2) certamente a nota dessa avaliação seria um 10/10 – Mas aí vem sua segunda metade onde o foco de sua história muda, não para algo ruim, apenas diferente, ainda tendo sentido de continuidade. Agora falando da estrela principal, com certeza essa está entre as melhores performances do Sylvester McCoy como 7° Doutor, ele mistura a natureza misteriosa e enigmática de seu personagem sempre sendo muito manipulador juntamente com suas leves pitadas de humor, aqui o Time Lord literalmente rouba a cena, sua performance é tão boa mas tão boa, que quando some de cena sentimos uma falta muito grande de sua presença (é a mesma sensação quando vemos o melhor jogar de partida sendo substituído kkkk). Lendo algumas analises, vejo que muitos reclamam do final da história, realmente sua conclusão é um pouco precipitada e rápida, mas sinceramente não vejo como algo prejudicial, ainda mais quando temos uma visão geral de seu roteiro. Em resumo, na minha opinião House Of Blue Fire é uma senhora Hidden Gem dos áudios do 7° Doutor que você pode ouvi-lo solto tranquilamente, recomendo muito pra quem gosta de mistérios e terror psicológico.