Acho que todos nós fãs da série concordamos que os momentos reservados para um embate entre Doutor e Davros, sempre corresponde as expectativas entregando cenas memoráveis e tensas. Então é claro que dedicar uma história inteira a isso dificilmente falharia, tá bom, talvez não precisava beirar a duas horas e meia de duração, independente disso, o áudio ainda consegue ser consistente entregando sua proposta da maneira mais aprofundada e intensa possível. Aproveito esse comentário para avisa-los de antemão que “Davros” lhe entregará uma experiencia bem densa que requer muita cautela e até mesmo disposição tendo em vista o tamanho de seu enredo (já comentando antes) - O foco maior de Lance Parkin estão em seus diálogos e em sua habilidade de fazer analogias entre os dois personagens que possui ideais completamente opostos, Davros por exemplo usou toda sua genialidade cientifica para procriar a espécie mais cruel e temida do todo o Universo, é de tamanho inimaginável o quanto os Daleks já conquistaram. Mesmo possuindo objetivos iguais, nem tudo são como flores, pois mais a frente vemos suas próprias criaturas se revoltando contra seu próprio criador e doutrinador. É interessante como isso sempre assombra o Davros, mesmo estando a maior distância possível dos chamados Daleks Renegados, é um nível de assombração e magoa que o faz não aceitar ser igualado as suas criaturas “Eu não sou um Dalek!”. O mesmo cabe ao Doutor em relação aos Senhores do Tempo, o único diferencial é que ele não foi o procriador de sua espécie...Não, pera! (Timelees Children). Mesmo com suas atitudes de rejeito, ambos ainda são muito influenciados pelos tais citados, Davros sempre volta a provar que depende dos Daleks para obter poder e domínio, mesmo fugindo o Doutor sabe que é praticamente impossível não ter os senhores do tempo envolvidos na sua vida. Há toda uma discussão voltada ao enredo que basicamente consiste nos dois protagonistas acabarem se unindo a uma corporação T.A.I., dedicada a projetar avanços tecnológicos para os seres humanos com intenções de ter um mundo melhor. Entendo os que questionam, mas eu consegui enxergar uma clara intenção nas entre linhas que o Lance Parkin colocou ambos os personagens se dedicando em prol a mesma coisa, para tornar mais nítido e evidente a diferença dos ideais do Doutor e do Davros. Assim como os outros dois áudios da trilogia “Omega” e “Master”, o vilão em destaque recebe um rígido aprofundamento repleto de flashbacks do seu passado, vemos várias situações e episódios da vida de Davros, até mesmo antes dele sofrer o acidente que o fez construir seu dispositivo de suporte de vida, sua cadeira. Lance também trabalha muito em cima dos sentimentos do vilão que supostamente um dia também já sentiu amor, mas também explica todo o processo que levou Davros a se tornar um ser sem sentimentos, frio consumido pelo ódio. Os únicos deslizes que posso apontar são: Em um determinado momento o 6° Doutor solta uma frase que destoa completamente da causa do personagem “Com a queda das corporações, a humanidade cairá junto” claramente se referindo a influencia das empresas baseando-se em um mundo ideal. Isso é algo completamente contraditório, sendo que suas encarnações antecessoras e sucessoras possuem vários exemplos e episódio onde lutam contra grandes corporações. E o outro deslize é que chamo de “efeito ping-pong” que ocorre nos eventos finais, inúmeras situações acontecem em um curto período de tempo no momento que a história se dedica ao Doutor derrotar mais uma vez o Davros, é o algo bem bagunçado e confuso de acompanhar. Bastava fazer o simples, o chamado feijão com a arroz que já estaria de grande tamanho, já tendo captado que a proposta centro do áudio é o desenvolvimento de personagem e relação do Doutor e Davros. Em resumo, se você está cansado delas histórias Daleks de enredos repetidos e previsíveis e quer se aprofundar ao máximo no criador dos saleiros, “Davros” é o áudio certo para você, que na minha opinião, ele funciona muito melhor do que o duplo inicial da 9° Temporada do New Who, o The Magician’s Apprentice/The Witch’s Familiar. Super Recomendo!

This is a story that features Davros and not the Daleks, allowing for an exploration of Davros's character, and does that brilliantly. This is the second story in the villains trilogy, and I think it's my favourite. All the characters feel very fleshed out and are played brilliantly, the standout performance here was of course Terry Molloy as Davros, the scenes of him recounting moments from his past are simply incredible.

Thworping through time and space, one adventure at a time! 

“Davros: A Chilling Exploration of Power and Morality”

The second instalment in Big Finish’s Villains Trilogy pits Colin Baker’s Sixth Doctor against his arch-nemesis Davros in a two-part audio drama that masterfully intertwines tension, character study, and moral quandary. With Terry Molloy reprising his iconic role, this story dives deep into the psyche of the creator of the Daleks, offering one of the most compelling depictions of Davros in any medium.

The story begins with a striking monologue from Davros, who defiantly vows to overcome death itself. This dramatic introduction sets the tone for a tale steeped in desperation and defiance, immediately plunging listeners into a narrative rich with intrigue and danger.

Molloy delivers a career-best performance as Davros, portraying him as a vulnerable yet manipulative figure. His emotional depth and fractured humanity are explored through flashbacks, particularly in a poignant scene involving his unspoken love, Shan. These glimpses into Davros’s past provide a haunting backstory, showing how tragedy and ambition forged the monster he became.

The narrative keeps listeners guessing about Davros’s true intentions. Is he genuinely seeking redemption, or is his cooperation with the Doctor and Transallied Inc. just another step in his grandiose schemes? This ambiguity heightens the tension, culminating in a climactic revelation of Davros’s ultimate plan for intergalactic domination.

Colin Baker’s Sixth Doctor is as commanding as ever, delivering a fiery performance that perfectly contrasts with Molloy’s Davros. The Doctor’s moral struggle is palpable as he reluctantly works alongside his nemesis, all while warning others of Davros’s true nature. The dynamic between the Doctor and Davros is electric, with their philosophical duels providing some of the story’s most gripping moments.

Bernard Horsfall shines as Baines, the overconfident CEO of Transallied Inc., whose optimism and self-serving decisions add another layer of conflict. Wendy Padbury’s eerie portrayal of Mrs. Baynes, a historian dangerously fascinated by Davros, is a revelation. Her performance is unrecognisable from her time as Zoe, showcasing her versatility and adding an unsettling edge to the story.

The narrative raises thought-provoking questions about power, ambition, and morality. Davros’s manipulations expose the dangers of unchecked corporate greed and the moral compromises people make for the “greater good.” The interplay between the characters highlights the fine line between heroism and hubris, making this a story as intellectually engaging as it is emotionally impactful.

The two-part structure, with each part running approximately 75 minutes, maintains a steady pace filled with suspense and intrigue. The cliffhanger to Part 1 is particularly effective, leaving listeners questioning Davros’s motives. While the second part slows slightly in places, the overall narrative remains compelling, culminating in a ferocious confrontation between the Doctor and Davros.

📝Verdict: 97/100

Davros is a masterclass in audio drama, blending sharp writing, exceptional performances, and a thought-provoking narrative. It offers a fresh and nuanced exploration of one of Doctor Who’s most iconic villains, while also delivering some of the best moments for the Sixth Doctor in Big Finish’s catalogue. With its intense atmosphere, moral complexity, and unforgettable performances, Davros stands as a highlight of the Villains Trilogy and a must-listen for fans of Doctor Who.

Like many good Davros scripts this brings to mind the look and feel of Genesis of the Daleks, though there is much more comedy to be had out of the "is he evil or not?" central premise of part 1. I like that Davros and The Doctor both begin as pawns in this story with Baines being the actual villain. Having heard I, Davros many years back, this story definitely reads as a pre-cursor. It leaves you wanting to learn more about him, learn more about his journey.

I appreciate how Davros sees the doctor as an equal here. To the point that he stops his murder to keep him an assistant. I adore how clever the 6th Doctor is, e.g. asking the food robot for copper wire to eat (to aid his escape).

Of course Davros ends up manipulating his way to power, hoping to create his own twisted vision of the future. So far so normal, but softening him with an (almost) former love interest was a fascinating choice and a difficult one to pull off. I love the revelation that she is the person who proposed the idea of the Daleks, with Davros stealing the idea for himself. It is shocking how he throws her under the bus when it transpires that she is in a relationship - not that they ever explicitly state that this was his reasoning.

Its an almost perfect play but is a little overlong, with the ending not being quite as innovative as the rest of the production (among other things The Doctor outruns an atomic bomb...!) It definitely leaves me wanting to dip back into I, Davros after all this time.

Is it maybe a bit overrated? I suppose, but it’s excellent!
With this we get such a great Character Piece, delving further into Davros, and honestly it’s great to have a Story where he is the sole focus, no Daleks to be seen.
Malloy and Baker are great here, and I love their Interactions, dare I say Baker is the one who has the best banter with Malloy out of any Doctor really, so it was great seeing them face off again. Overall, really enjoyed this one!