Disposto a explorar as demais séries da BIG FINISH em especial os spin-offs de Doctor Who, resolvi introduzir nos áudios da tão aclamada companion Bernice Summerfield, ou se preferir apenas Benny. A escolha foi por motivos de não sentir um real desenvolvimento continuo de sua personagem nos áudios do 7° Doctor, então para um melhor aprofundamento decidi ouvir a companion de modo solo. Walking To Babylon inicial a trilogia do “Time Ring”, o conceito envolve a junção de dois anéis de casamento que pertence a Benny e seu atual ex-marido Jason. Para facilitar a compreensão e não entrar em muitos detalhes - Basicamente os anéis são uma espécie de dispositivo para substituir a TARDIS e dar aos personagens acesso ao tempo e espaço sem ter que fazer uso de naves espaciais ou outros meios, basta uni-los e o surgimento do chamado “Caminho” dará acesso a entrada e saída de um ponto especifico no espaço tempo. Sabendo disso Jason faz um acordo com um conhecido de uma espécie chamada “The People” levando-o até Bernice alegando ser um fã de seu trabalho para distraí-lo e roubar o seu anel. Usando os anéis os dois viajam no tempo voltando a Babilônia antiga – Logo Benny é intimada pelos líderes dos “The People” que vivem no século 26, dando a missão de encontra-los com um prazo de 48 horas, caso contrário uma bomba será disparada para destruir “o Caminho” e a Babilônia trazendo como consequência a alteração do curso da história. No quesito de imersão o áudio entrega um trabalho fantástico e bem atmosférico, de fato mergulhamos em nossa imaginação criando um cenário fascinante da Babilônia. Um outro ponto positivo são seus personagens, talvez seja o ponto mais forte do enredo, com tão pouco John Lafayette já se torna um personagem memorável, nos apegamos rapidamente com todo seu envolvimento e suas aventuras com Bernice – E olha, não fui o único a achar isso, tanto é que o personagem ganha um beijo e uma noite (se é que me entende 😏 kkk eita 😳) com a arqueóloga (algo que não seria aceitável na série principal Doctor Who). Mas essa adaptação de mais um livro da Virgin ganharia uma nota maior tanto se seu enredo quanto a motivação dos vilões fossem melhores elaboradas, não há nada de incrível ou diferente. E por último não posso deixar de falar da Elisabeth Sladen interpretando “Ninan” uma personagem que por grande parte do tempo do enredo questionei seu proposito dentro da história que perto do fim nos deparamos com uma mensagem anti escravidão e em pro da liberdade muito linda. Ninan é uma sacerdotisa, uma serva que nunca saiu da cidade da Babilônia e não podia deixar o templo por medo de perder créditos com o chamado Deus Chefe Harlate (foi o que entendi kkkkk), caso isso viesse acontecer ela teria que se prostituir para sobreviver. A única coisa estranha disso tudo é que Jason é o responsável por abrir os olhos de Nina, sendo que ele é um personagem sujo, nada exemplar que possui uma ganancia cega por dinheiro. Em resumo, por mais que não seja lá uma história diferencia ou muito incrível, Walking To Babylon me serviu como uma ótima introdução aos áudios da Bernice me divertindo e me deixando bastante hypado para ver o que vem a seguir.