Depois de uma temporada de estreia inteiramente composta por adaptações de livros da Virgin, “The Secret Of Cassandra” é a primeira aventura totalmente original em áudio drama produzida pela BIG FINISH Productions – Começamos o áudio com Benny tirando um leve cochilo em seu iate, que logo acidentalmente cruza o caminho com um tipo de “barco de guerra” e é destruído fazendo-a permanecer em uma pequena ilha até ser resgatada pelo “Capitão Colley”. A bordo de um veleiro automatizado que leva o nome de “Cassandra”, à medida que Bernice se envolve com os poucos tripulantes, a arqueóloga descobre que o barco possui uma certa influência nos rumos e eventos de uma guerra que vive seu auge, existindo assim uma polarização de ideias muito acirrada entre os tripulantes a bordo. Isso insere a personagem em vários dilemas a ponto de não saber mais em quem confiar – Por mais que seja uma tentativa bem ambiciosa, ainda mais levando em consideração o fato de ter um elenco e cenário bem limitado. Infelizmente o resultado final transparece como o escritor, David Bailey, teve uma certa dificuldade em moldar seu roteiro não conseguindo superar essas tais limitações, deixando nítido vários de seus diálogos expositivos e forçados, dificultando sua expansão narrativa. O que naturalmente gera uma quebra de imersão ao ouvinte, tornando uma trama menos envolvente, principalmente porque se apoia muito em conveniências de enredo bastante óbvias. Não me entendam errado, “The Secret Of Cassandra” não é um áudio ruim, bem longe disso, mas sim, é apenas uma primeira aventura bem segura de início de temporada, aquelas nas quais não abraçam o compromisso de entregar algo brilhante ou uma obra de arte, é apenas um passatempo imersivo ao som do mar com alguns personagens indo contra as ideias um do outro. Também devo ser justo e destacar que sim, o áudio tem seus momentos de tensão na trama, Lisa Bowerman e o resto do Cast entregam um ótimo papel.  Em resumo, esse é mais um áudio que recebe o habitual rotulo de história ok, como já dito antes, ele acaba sendo um pouco ofuscado pelas suas nas próprias limitações, falta de desenvolvimento mais profunda, dando uma certa estranheza em alguns momentos, como estive-se o tempo todo na estaca zero, estacionado.