Seria de um bem danado para as futuras histórias Daleks seguirem os exemplos de The Mutant Phase e The Genocide Machine que fogem do convencional evitando os clichês e desenrolares previsíveis – O Doutor e Nyssa voltam para a Terra no século 22 dominada pelos Daleks com poucos humanos sobreviventes. Um vírus altamente danoso começa a assombrar os vilões podendo custar até mesmo a existência de sua espécie, chamado “A Fase Mutante” ou se preferir “O Estado Mutante” é o suficiente para as criaturas aprisionarem o Doutor e sua TARDIS em um corredor temporal o forçando a ajuda-los. Isso faz com que os Daleks se tornam uma peça muito mais interessante estando totalmente vulneráveis, deixa aqueles clichês de lado que na maioria das vezes envolve um plano de dominação em alta escala ou uma arma destruidora de planetas - Sim de fato talvez essa história deveria ter uma minutagem menor como muitos criticam, mesmo com isso o que preenche esse meio tempo (que poderia ser cortado), acaba sendo satisfatório e muito benéfico para o desenvolvimento e envolvimento dos ouvintes com os personagens secundários que de meros NPCs (podemos dizer assim haha) Ptolem e Ganatus crescem de forma absurda no enredo. [⚠ SPOILERS] O conceito das “vespas assassinas” são bem sacadas com uma explicação bem convincente, devido à mutação geneticamente modificada os enxames se tornaram letais, uma ameaça até mesmo para uma raça superior e poderosa, os Daleks, o que faz sentido o tempo altera coisas já estabelecidas, e infelizmente já tivemos vários casos de vírus dominando uma raça “”superior””, se pesarmos bem é algo que poderia facilmente ter sido visto como algo bastante ridículo, mas felizmente a ideia é muito bem reproduzida trazendo desenrolares sólidos seguindo uma ótima estrutura convencendo seu ouvinte a aceita-la. [⚠ FIM DE SPOILERS] Mas infelizmente The Mutant Phase não se mostrou indiferente de suas histórias anteriores (The Land Of The Dead e Winter For The Adept), apresentando o mesmo diagnostico de desandar em um certo momento... Isso porque, em sua última parte Nicholas Briggs causa enormes confusões bem timey wimey envolvendo paradoxos, corredores temporais, paradoxos interrompendo anomalias temporais e bla bla...uma confusão danada que requer muita atenção. Mas no meio disso tudo o que me chamou mais atenção nesse bloco final, foi quando questionado por Nyssa, o Doutor explica de uma forma esquisitíssima que essa situação se difere a da Morte do Adric no que se disse em voltar no tempo para salva-lo, sinceramente eu não entendi foi nada. No geral The Mutant Phase é o que mais desejo para as futuras histórias Daleks, menos “pega pega Dalek” e mais conceitos e formas diferentes de incluírem os saleiros em tramas realmente instigantes.