Ao decorrer de toda história da humanidade, aprendemos o quão poderoso pode ser uma figura com forte influência sobre a sociedade. Não é à toa que muitas delas que detiveram esse status levaram suas nações a situações extremas seja através de alguma ideologia, filosofia ou até mesmo partido político, seja para uma boa causa ou para o mal, como conquista de direitos, conflitos, guerras, revoluções e entre outras coisas. Mas para obter esse poder é necessária toda uma longa construção social que envolve vários fatores considerados essenciais para um único indivíduo alcançar esse tal status em uma sociedade, se tornando um Lider, como por exemplo a confiança. A “arma” ou fator mais poderoso nesse quesito é a Persuasão, é essa a grande sacada da escrita de Jonathan Barnes em seu áudio – A primeira história da segunda trilogia da Elisabeth Klein reencontrando com o 7° Doutor, aborda esse tema de uma forma muito inteligente mostrando ao seu ouvinte como o poder da persuasão pode ser uma arma poderosíssima para sistemas e intenções corruptas. O escritor pensou na possibilidade de todo esse processo ser acoplar em um único dispositivo capaz de persuadir facilmente o próximo em um estar de dedos, se imaginarmos isso no mundo real, a Máquina de Persuasão causaria um caos mundial estrondoso, sabendo da existência de tanta gana pelo poder, pela supremacia, pelo controle. E o que seria ainda mais desastroso, é se esse dispositivo fosse parar em meio a Segunda Guerra Mundial caindo nas mãos dos asquerosos nazistas - O plot basicamente gira em torno dessa trama, evitar que isso aconteça. Eu considero Will Arrowsmith como um companion, além de estrear muito bem, seu personagem facilmente conquista os ouvintes por ser um rapaz simples, tímido, simpático, cheio de medos e pouco habilidoso. Agora falando da personagem central da trilogia, a Dra. Klein, aqui notamos que a companion não é mais a mesma que conhecemos na primeira trilogia, suas intenções de inclinar para o lado obscuro da força (podemos dizer assim kkkkk) praticamente sumiram. E Pelos acontecimentos anteriores, agora Klein possui um grande vazio em suas memorias do passadas, mais precisamente o que ocorreu antes e durante o áudio “Coldtiz” onde trabalhava para o partido nazista. É compreensível toda a intenção do desenvolvimento da personagem, usando do método de se auto reconhecer, do tipo: “Preciso saber quem eu era” para nunca mais cometer os mesmos erros, sua linha tempo é toda reescrita para concertar quem ela foi. Mas é inegável que a Klein carrega uma grande mancha em seu background, simplesmente o fato dela ser uma ex nazista, é algo que imaginamos um destino voltado a se tornar uma vilã, o que tudo indica que não vem ao caso, a tornando uma personagem questionável. Aí você me pergunta, tá mais e o Doutor nisso tudo? - Em sua versão envelhecida (pré filme), estando ciente de que sua sétima encarnação estava chegando ao fim, ele sente a necessidade de lidar com certas pontas soltas antes de sua regeneração e Klein é uma delas. Talvez a única estranheza da história são os blocos envolvendo as duas criaturas estranhas de uma outra dimensão. Em resumo, sem dúvidas “Persuasion” está entre os melhores áudios do 7° Doutor, o conceito da Máquina de Persuasão é algo muito interessante e promissor, ainda mais pelo fato de ser um dispositivo capaz de alterar as ideologias das pessoas em pro da harmonia universal ou da dominação total, ou seja, uma gangorra muito perigosa. Além disso, o áudio estabelece vários elementos importantes para os próximos desenrolares, como os importantes, o suposto vilão e os mistérios envolvendo a Klein.