Search & filter every Whoniverse story ever made!
View stories featuring your favourite characters & track your progress!
Complete sets of stories, track them on the homepage, earn badges!
Join TARDIS Guide to keep track of the stories you've completed - rate them, add to favourites, get stats!
Lots more Guides are on their way!
19 January 2025
This review contains spoilers!
Depois de inúmeras aventuras acompanhado da excelente dupla Ace e Bernice, o 7° Doutor segue seu rumo viajando sozinho. Seu próximo destino é a antiga Quênia Britânico que hoje conhecemos como apenas Quênia após conquistar sua independência do império Britânico em 1963 – A Thousand Tiny Wings nos leva dez anos antes (1953) um ano depois do início da chamada “Revolta dos Mau Mau” evento de enorme importância na conquista da independência do país Africano. Tudo começou em julho de 1895, a Inglaterra ocupou oficialmente uma vasta região na África oriental e a declarou seu “protetorado”, dando começo a muitos anos de autoritarismo dos britânicos, usurpação de terras e minerais, assim como a prática de métodos de extermínio contra aquela população, humilhações, torturas e assassinatos. Só em 1952 com o surgimento do grupo Mau Mau que os quenianos começaram a enxergar os primeiros passos para alcançar sua libertação, a organização considerada clandestina tinha com finalidade libertar sua nação das mãos dos britânicos. Tomando conhecimento no mesmo ano o governador colonial declarou estado de emergência iniciando assim uma violenta guerra contra os Mau Maus. Em meio a esse cenário voltamos a nos deparar com Elizabeth Klein que além de se formar em medicina, ela se encontra hospedada em uma casa isolada acompanhada de Denise, Lucy e Sylvia esperando por uma solução ou resgate. É preciso recapitular um pouco pelos áudios anteriores do 7° Doutor, Klein tem sua primeira aparição no áudio “Coldtiz” em meio a Segunda Guerra Mundial ela fez parte e apoiou o Partido Nazista trabalhando Castelo alemão de Coldtiz, seu objetivo era alterar o curso da história trazendo vitória aos alemães, seu envolvimento no evento nos trouxe vários pontos de interrogação não respondidos tornando-a um enigma para o Doutor. Após se deparar e acolher uma criatura debilitada aos arredores da casa isolada, o 7° Doutor volta a cruzar seu caminho com o da Klein sendo atraído até o local pela sua TARDIS. Além de reproduzir muito bem todo preconceito que existia nesse período vindo dos apoiadores aos britânicos, Andy Lane usa das interações entre Doutor e Klein e seus conflitos de ideias como forma de rebater toda as ideias erradas e desumanas fascistas e nazistas (ideias apoiadas por Klein e Sylvia) você sente uma entonação de desprezo que um tem pelo outro. Mas por um outro lado percebesse que o escritor evitou críticas mais agressivas relacionadas a exploração dos britânicos ao povo queniano, entregando um enredo não tão pesado ou impactante que se mantem longe da Revolta dos Mau Mau, o que me fez pensar que talvez tenha sido proposital para evitar maiores polemicas sendo o escritor de um produto com maior distribuição e venda na Inglaterra e também se tratando de um assunto muito delicado para se opinar. O Doutor mantém seus princípios, diz entender a causa do povo queniano e repudia as atrocidades dos britânicos, mas não compra da ideia de impedir a violência usando da própria violência e completa dizendo a Klein que infelizmente a história da humanidade é repleta de abuso dos mais poderosos contra os menos poderosos chegando até mesmo se questionar o porquê gosta tanto dessa espécie. O enredo desenvolve muito bem uma trama confinada onde aos poucos alguns dos envolvidos é infectado por uma espécie de praga alienígena, tendo um vilão que talvez tenha uma pequena referência ao filme “The Byrds” (Os Pássaros) de Alfred Hithcock, mas no resultado geral acaba sendo um enredo muito simples sem muito brilho. Por fim, sabendo de suas intenções de criar um Quarto Reich, o Doutor decide estrategicamente convidar Klein a bordo do TARDIS como sua companion, tudo com para deixá-la a vista onde possa ficar de olho. Em resumo, mesmo entregando um enredo bem água com açúcar “A Thousand Tiny Wings” ganha uma altíssima avaliação por acerta na forma como relata todo o preconceito desumano que existia no evento histórico e também nos conflitos de ideias entre o Doutor e Klein. Meu único medo e receio é que essa essência nazista da personagem da Klein seja usada como parte de desenvolvimento de personagem para no fim chegarem e declararem que ela é “” uma nazista legal”” o que nem preciso dizer que isso seria patético e inaceitável, deixando então de não combater pessoas que abraçam essa ideologia desumana e deplorável chamada nazista/fascista. Não sou de correr atrás de Spoilers, mas me parece que ela vem a se torna uma vilã, o que é o mais coerente e certo a se fazer. Vamos ver o que acontece a seguir.
KnuppMello
View profile
Not a member? Join for free! Forgot password?
Content